Bem... Eu digo que sim.
Afinal, quem é Deus para aquela velha senhora que todo o dia reza baixinho?
Quem é o Homem crucificado na cruz que com tanto amor carrega à volta do seu pescoço num fio de ouro?
O que é o Peixe que chega num triciclo motorizado todas as semanas à porta de sua casa?
O que São eles? São algumas das Verdades da velha e devota senhora.
E o que É este Deus, este Cristo e este Peixe para um indígena do outro canto do mesmo mundo?
(...) Vejo a Verdade como um acto inconsciente (e consequentemente Natural e Verdadeiro) de criação. A Verdade é uma conformidade entre o Animal e o Fenómeno, o princípio essencial do Ser. Parte da Experiência do fenómeno mas ultrapassa-o, chegando a realidades que o transcendem.
O "Eu" não existe antes da Verdade, nasce destas, que se começam a construir de acordo com as suas necessidades animais e com a sua experiência, influenciadas naturalmente pela natureza que o rodeia -"O Homem é a medida de todas as coisas."
Logo, a mentira ou blasfémia surge quando 2 raças de animais que habitam espaços geográficos diferentes ( e também em espaços iguais quando a população de uma certa sociedade se começa a hierarquizar egoístamente e atingir um numero populacional que impossibilita uma consciência comum, criando-se culturas dentro de culturas) entram em conflito, numa disputa pela Verdade.
Passagem de "Introspecção" - 4. Set 2010 - Pala
Muito bom Miguel! Uma obcervação sobria! Continua pensar mas não te esqueças de olhar para as estrelas...
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