entre a deriva e a conquista
aquecendo os músculos ao sol
e fechando os olhos à sombra
que importa a poesia
a quem não pára na sombra
que importa a ficção e o belo
a quem os terrenos arderam
importa à chama o ar
importa ao sublime o olhar
importa à lingua o saborear
e aos ouvidos importa fantasiar
estou certo que só vivo no meu corpo
e que vivo onde este se dança
espero que por aí fora ele siga bailando
ávido de sonhos e do resto alheado
a consciência lá se adapta
só precisa de boa música
algum sol e alguma chuva
e oxigénio para a imaginação
(temos a incrivel capacidade de viver onde os nossos ouvidos nos dizem. dê-mos-lhes música)
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