sexta-feira, 22 de julho de 2016

O Sentido da Vida (ou uma das muitas possíveis concepção de tal, quiçá a menos redundante)

(nota prévia: isto não são máximas minhas... é uma reflexão com pouco fundamento, sem grandes ambições, e até um bocado cómica...)

Ontem apercebi-me ainda mais claramente de uma coisa que já tenho andado a pensar
Afinal de contas, existe um sentido para a vida. Quero dizer, vivemos (humanidade)  com um propósito! A vida afinal de contas tem um significado! (Claro que não tem significado nenhum...  Ya, lamento. Mas como bom niilista que me considero vou iludir-me com esta verdade, é a que menos me chateia!)

Apreciemos a seguinte visão:
Ora cá está um homem e uma mulher. Dotados de engenhos biológicos formidáveis, um cérebro avançado, mãos prodigiosas com 5 mini membros cada, uma lingua e cordas vocais extramemente versateis, etc, etc.

Pronto. E agora? Que fazes aqui humano?
"Ehh, chillando. De vez em quando reproduzo ali com a Eva. Vou ao médico curar umas gripes. Estou a estudar design. Apanho uns Pokemons..."
Sim, e?
"E nada..."
Não ambicionas nada? Que pretendes fazer com os prodigiosos engenhos biológicos que te constituem? E ainda aqueles que vestes, essas Próteses que te tornam quase super humano, sapatilhas para te proteger os pés e poderes correr mais depressa, óculos para corrigir a visão, mochila para carregares as tuas restantes próteses, telemovel, leitor mp3, livros, câmara fotográfica, uma garrafa de água.
...

Apreciemos agora uma visão bastante geral do planeta e das suas grandes civilizações.

Professores a educar crianças, agricultores a produzir comida para os Professores e os Médicos, que curam os males do corpo, Artistas a questionar infinitamente o real, desafiando os Líderes Políticos a resistir á alienação total provocada pela imperial máquina capitalista, a produção em massa, os horarios laborais e rotinas consumistas.

E finalmente, isto tudo para quê?

Para criar meios para chegarmos a alguma coisa. E que coisa é essa? Exploração espacial.

Eis o que eu cada vez mais acredito ser o sentido da vida. Trabalhar no sentido de conhecer e conquistar o espaço. Continuar a evoluir biologica, intelectual e tecnologicamente em contextos extra-terrestres. Para isso precisamos de Professores para educar as crianças, Artistas para educar os Professores, Médicos para curar os males do corpo,  Shamans para lavrar terreno mental e espiritual,  Agricultores para produzir comida, e um sem número de empregos administrativos simplesmente porque... Somos muitos e temos que andar entretidos com alguma coisa! Isto tudo para que passe tempo suficiente e haja evolução bastante para continuar essa saga espacial, em busca de vida, novas matérias primas, novas colónias!

Há coisa mais maravilhosa, que mais deleite o nosso intelecto e sentido de aventura e conquista, do que testemunhar novas conquistas ou descobertas espaciais? Só se o Kubrick ressuscita-se e fizesse um 2020: Outra Odisseia no Espaço. Ainda assim preferia que agora descobrissemos que Jupiter é habitado pelas mais insolitas e colossais formas de vida, género Flying Polyps.

E apercebo-me de outra coisa. Não são só os cientistas da Nasa que fazem exploração espacial, todos nós, Agricultores, Artistas, Médicos, Bombeiros, Políticos, Cientistas, permitimos que vão havendo condições favoráveis a essa Exploração Espacial. É preciso pilotos de aviões para levar o pessoal para aqui e para ali, é preciso contestar valores de vez em quando e revolucionar panoramos sociais, é preciso curar os imprevistos males do corpo, é preciso educar as crianças, é preciso que alguém esteja na caixa do supermercado a fazer a conta das compras de qualquer pessoa, é preciso pseudo artistas e músicos pop para.... Bahhh, realmente para que servem? Entreter as massas? Mas que massas são essas? Pessoal do sector administrativo e contabilistico? Pois, talvez, não sei... Mas então cultivem o gosto pela poesia e pelo desconhecido! Até os animais são precisos, e as plantas. Até as guerras foram precisas, se pensarmos bem! (guerra fria? corrida espacial?)

E para vocês, Artistas, uma mensagem especial.
A mais nobre das funções da Arte é fazer lembrar ao Homem o poder que o mesmo tem sobre a sua própria concepção de real. Para mim, que pareço ter levado um banho de pragmatismo, a função da Arte nos dias de hoje resume-se a duas coisas: A auto-descoberta, no plano pessoal, e no plano social, o "engenho" que permite que não exista nenhuma visão totalitarista da realidade. O "organismo" que introduz Poesia nas Sociedades e Culturas da mesma forma como quando um cérebro produz endorfina. Sempre questionar as nossas concepções do Real, nunca permitindo que caiamos numa "Sociedade do Espectáculo" completamente escravizados pelo trabalho e alienados pelo consumismo. Mantermos um gosto apurado pelos prazeres celestiais, pelo sublime, pelo desconhecido e pelos vários "possíveis".

Já imaginaram o que seria se descobrissemos novas civilizações extra-terrestres? Planetas habitaveis como a Terra, onde até talvez podessmos vir a desenvolver características biológicas mais avançadas, tipo asas? (Ou talvez um planeta com incriveis lagoas e cascatas de agua quente, com satélites gigantes a iluminar o ceu nocturno, um planeta pequeno com pouca gravidade, onde os nossos saltos nos iam impulsionar vários metros! Não havia necessidade de autocarros, andavamos todos aos saltos praqui e prali, hahaha) Qualquer revolucionária matéria prima que permitisse construir uma sonda indestrutível para enviar para um buraco negro e procurar o sentido do universo, os seus ciclos e linguagem? Que sentido mais pode a vida humana ter senão o de evoluir no sentido de os encontrar?

Tudo o resto, Amor, Liberdade, Probidade, é talvez aquilo que nos torna felizes o suficiente (ou melhor, "animados" o suficiente) para continuarmos a avançar. E bem hajam.

Vou continuar a fazer filmes que agucem e despertem a curiosidade das pessoas, a vontade de conhecer, de descobrir, procurando os melhores temas de conversa e pensamento enquanto não podemos estar enfiados num fato de astronauta a caminho de qualquer desconhecido cósmico...

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