quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

fechar para balanço (por uns tempos)

queria escrever algo maduro e nobremente fundamentado sobre o estado das coisas (ou pelo menos como me parecem aos meus olhos), mas infelizmente estou sóbrio e apaixonado, as duas condições mais inoportunas aquando a estruturação de um novo texto/poema, pois sempre acabam por falar de nada mais do que a sua própria impotência e tédio, mendigando no seu universo fantasioso em busca de uma triste esmola que lhe afague as mágoas e lhe prolongue a miséria. e já demasiados posts vêm nesta linha, o que o está a tornar numa coisa um bocado lamacenta e ridicula (bendito bom senso e vergonha em não postar tudo o que escrevo!).
é engraçado como quando estas duas condições estão nos seus opostos (estar ébrio e com uma atitude de certa indiferença em relação aos olhares e juízos externos) as coisas fluem com tal espontaneidade e veracidade que realmente apenas uma explicação de ordem espiritual ou mística consegue fazer perceber como é possível que esse estado potencialmente abstractizante e de êxtase irracional consegue produzir um discurso tão mais bem fundamentado e pertinente.
claro que casos são casos, mas este é o meu testemunho. ultimamente 80% das coisas que escrevo são marasmos emocionais, fantasias de um menino mimado e cobarde. 

pah, tou farto de lamechice, preciso de guerra!
vou tentar fechar para balanço por uns tempos.

entretanto deixo aqui alguns favoritos pessoais deste blog a reler para orientar ou inspirar um novo sentido para os próximos posts.
outra coisa que por acaso tenho pensado, é que eu tenho aqui coisas desde muito intimas e pessoais, até autênticos vómitos intelectuais passando por uma coisa ou outra até bem escrita (tendo em conta os meus skills), e não faço ideia de quem lê isto, se calhar sou motivo de riso para alguns. Mas este blog (que faz este mês 5 aninhos) é isso mesmo, um espaço de sublimação e partilha, uma confusão organizada q.b,. Não há ressentimentos, matemáticas ou manutenção de um público, há apenas liberdade de expressão, nas suas melhores e piores formas.
até breve!

histórias/contos:
O vale da estranheza - parte 1:

textos/devaneios:
Suja as mãos de vez em quando:
http://le-mise-en-scene.blogspot.pt/2013/12/suja-as-maos-de-vez-em-quando.html
Um misto de cenas, um fim de ano, uma merda qualquer:
http://le-mise-en-scene.blogspot.pt/2014/12/um-misto-de-cenas-um-fim-de-ano-uma.html
Recensão crítica sobre a Sociedade do Espectáculo de Guy Debord:
http://le-mise-en-scene.blogspot.pt/2014/01/esap-3-ano-estetica-recensao-critica.html


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