domingo, 23 de outubro de 2011

3D

- "3D Cinema Audience" - Anne Breathwick

Embora, a meu ver, se trate, em vez de uma GRANDE revolução nas capacidades técnico-expressivas do cinema, de uma "jogada" de marketing pelos grandes de Hollywood e os seus amigos das tecnologias, isto do 3D até pode ter a sua piada, e começar a explorar a sua potencialidade artística e financeira, é, creio eu, astuto, pois aposto que mais ano menos ano já se fará cinema independente de reduzido orçamento em 3D (viva a democratização das tecnologias...).

Muitos críticos admitem que nada de significativo acrescenta ao cinema, acrescentando até que traz desconforto ao espectador. Falaram-me muito bem do "Pina" de Wim Wenders (para quem ainda não sabia, sim, ele fez mesmo um filme em 3D!) mas infelizmente não tive oportunidade de o ir ver ao cinema... Enfim, se realmente acrescenta ou não algo ao cinema ainda não o sei, mas não posso deixar de ficar entusiasmado para o começar a "experimentar".

Na verdade o processo de criação de uma imagem em 3D ou Video é até simples (até um certo ponto, claro).

Fiz então uma pequena experiência, embora ainda não tenha confirmado o seu sucesso pela falta dos óculos 3D (os óculos Real 3D que guardaram na gaveta depois da estreia do Avatar não funcionam aqui.... Esses são polarizados e funcionam em condições um pouco diferentes. Aqui apenas os "old-fashioned" vermelhos e azuis funcionarão):

Tirei uma foto com a minha máquina compacta a uns centimetros do cavalo, o principal objectivo.
(Nota: Talvez não tenha sido boa ideia ser um "close-up shot")
Depois, no mesmo eixo, movi a maquina ligeiramente para a direita e reenquadrei o cavalo.
Finalmente, o photoshop fez o resto. O "olho direito" ficou na layer inferior e o "esquerdo" na superior. Depois, diminui o red output da layer inferior para zero e os blue e green output da superior para zero (Curves). Finalmente seleccionei a layer superior e nos blend modes seleccionei Screen. Eis o resultado:


Como disse não tive oportunidade para ver o resultado, portanto se alguém tiver oportunidade de o ver tenha a gentileza de me dar um feedback ;)

No vídeo a coisa é mais ou menos semelhante, mas com duas camaras (embora tambem possa ser só com uma, mas aí a coisa complica-se... Espero, brevemente, fazer uma experiência nesse campo, e logo postarei o resultado.

Cumps

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Now what?...

Espero vir a remodelar isto brevemente, com paciência e interesse, e dar-lhe outra dinâmica.

Mais assuntos, mais variedade, mais pertinência, mais qualidade e mais "sobriedade".

Até breve

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Antes de pintares tinhas olhos

antes de pintares tinhas olhos.

Primeiro ficaste cega,
Depois, com a normal dificuldade que se espera de um feto roubado do seu ventre, começaste a pintar com o corpo que ainda não era Teu,
com as mãos, mais tarde com os pés.

"Estás a pintar" - alguém te disse.

"Esta sou eu" - Pensaste quando olhavas o corpo onde te haviam semeado.

Desde então o estado da tua visão foi-se agravando.
O interior dos teus olhos está pintado.
Sim, dentro dos teus olhos, onde o nada entra e se transforma em tinta, tinta para tu pintares.

Pintas os teus olhos.
Mas os olhos não são teus.
Nem as tintas.
Apenas a cegueira é tua.

Percebes o que te quero dizer com esta poesia imediata?
O nada é o mundo das coisas, o mundo dos fenómenos e dos objectos.

Antes de nasceres morreste do mundo dos fenómenos e dos objectos.
Deixaste de ver o nada.
Agora só vês cegueira.
Cegueira e tinta.

Como és capaz de matar alguns dos outros pintores?
São teus irmãos!
Eles já foram Tu!
E tu já foste nada.

Sabes o que eras antes de seres nada?
Pintora. Talvez não nesse corpo. Mas foste pintora, talvez pintor.

E sabes porque foste pintor(a)?
Porque morreste do nada e nasceste para o mundo dos pintores.

Queres pintar a tua vida?
Pinta.
És cega, como eu.

Pintemos, então, nossas infinitas e mortas vidas.

sábado, 16 de abril de 2011

Produção de "Ethoi" Concluída



Fotografias por Paulo Guimarães


Foi finalizada a fase de produção da média-metragem "Ethoi".

Como previa o resultado final não vai totalmente ao encontro da imagem que havia imaginado na fase de escrita do guião, porém, no meio de algumas adversidades e falta de meios, o resultado final é satizfatório e agradeço profundamente a colaboração e empenho das pessoas que, de boa vontade, directa ou indirectamente, participaram na sua rodagem (nomes a serem destacados nos créditos).

A média-metragem será entregue (no âmbito do meu Projecto de Aptidão Profissional) no dia 26 de Abril.

Será (se as condições o permitirem) estreada no auditório Padre António Vieira no recinto do Colégio das Caldinhas juntamente com outros trabalhos produzidos por alunos da OFICINA por volta de inícios de Maio (a confirmar). Mais contactos serão feitos a fim de passá-la noutros locais.

Assim que concluído farei o upload do trailer/teaser.

Até breve ;)


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Imp 1

Mais que consumir
e ter
morrendo com prazer

Mais que sorrir
e saber
reivindicando poder

Desejo existir
ser
e nem isso saber


14-02-2011 05:18

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Curta-Metragem

No âmbito de produção de um projecto final de curso (PAP) (Curso Técnico-Profissional de Audiovisuais - http://www.oficina.pt/) irei realizar um curta-metragem.

Sinopse:

Duas famílias profundamente convertidas a uma nova e emergente religião vivem isoladas da sociedade, geograficamente perto uma da outra.
Esta religião pregava que a família era a ferramenta essencial para a libertação e para o renascer de um estado puro de Ser e proibia qualquer tipo de ligação com outras familias e sociedades.
Dois jovens de cada familia apaixonam-se e a jovem rapariga engravida, o que acende uma grande crise entre as famílias.
Entretanto a rapariga adoece, envenenada pela família, e o jovem, perseguido por ambas as famílias a fim de ser sacrificado juntamente com a rapariga, lança-se na cidade mais próxima em busca do medicamento para a salvar.
Chegando á cidade mais próxima pela linha de comboio é espancado e assaltado por um grupo de drogados. Um fotografo acaba por o encontrar a chorar de desespero no mesmo sitio, conversa com ele e vai á farmácia mais proxima comprar o medicamento.
Chegado novamente á sua terra, infiltra-se durante a noite em casa da jovem encontrando-a na cama ás portas da morte, da-lhe o medicamento mas imediatamente é capturado pela família.
O jovem volta a acordar numa estranha igreja, amarrado á rapariga que continuava inconsciente enquanto os chefes das duas famílias proferiam rituais e cânticos. O seu pai envenena-o e ambos abandonam o local, dizendo que ali ficariam até seus corpos se desintegrarem. O jovem acaba por morrer, e a rapariga acorda, gritando alto em socorro e horror, gritos que são percepcionados pelas famílias como uma mensagem de Deus, para não mais permitir que tal coisa aconteça.
O apelido da familia do jovem será Devenirdeo (Deo+Devenire = (Latim) Deo (Deus) + Devenire (Devir - Vir a ser, transformar-se)).O apelido da familia da rapariga será Sitnihil (Sit+Nihil = (Latim) Sit (Ser) + Nihil (Nada)).
Aqui ficam umas filmagens de teste e reconhecimento que fiz para a minha curta:


"Untitled" - Short Film - Test Footage #1


"Untitled" - Short Film - Test Footage #2