quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Plantar uma bomba
só pelo prazer
cruel capricho
para a seguir a esconder

mas tu sabes, perfeito humano
a bomba escondida não se some
ou fica esquecida
ou rebenta e consome

oh, fugaz desejo de prazer
com que frieza tu seduzes os corpos
oh, maquinas biológicas, bestas animadas
com que indiferença vocês se consomem

maldita avidez do saber!
atormentas, inquietas, intrujas!
porque insistes tu em querer saber
o que se passa além onde não tens poder?

pois o paraíso está no esquecimento
como a felicidade na ignorância
consciência? juízo? reacção?
falará por mim a minha pulsão

pois o atormentado na sua busca
a puta da bomba pisou
(até o sentido poético matou...)
de que lhe vale qualquer outro esforço
senão aquele de... sei lá...

inútil é lamentar
a ferida está aberta
deixai-a sarar


(as vezes mais vale não abrir o jogo a certas possibilidades indesejaveis, vão-nos sempre perseguir e atormentar. claro que adoramos as maças proibidas... então nesse caso tenham uma estratégia, e cuidem do vosso karma...)

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

drunk

ontem cheguei a casa um bocado bebado, e deu-me para um daqueles momentos de estupidez e escrevi isto no meu mural do facebook. Resolvi apagar, e mandar para aqui, só porque é pena deitar as coisas ao lixo:

tanto nonsense, insensibilidade e $"
‪#‎T‬%$H#%YB neste mundo, que eu acho que me posso dar ao luxo/capricho/desabafo/whatever:

Apetece-me dizer: Pokeralho com todo o tema que não afecta a minha existência, não quero simular valores ou juizes sobre matérias que não consigo compreender plenamente, estou demasiado sóbrio! Apenas sou capaz de gritar por algo quando compreendo e acredito nisso. Os meus critérios são simples: conseguir rir-me e chorar genuinamente. Como dizia o outro, "apenas consigo acreditar num deus que saiba dançar" (o que quer que isso signifique nas biblias de significados desses eruditos que fazem dinheiro a insinuar que verdade há só uma! há tantas quantas consciências, amigos! por isso poupem-se e à energia que despendem a tecer as vossas criticas...) 
mas realmente ha tanta ignorancia e insensibilidade nestas paragens virtuais que eu fico doente e só me apetece gritar me#da. pois me#da para todo aquele cuja vida é já tao viciada e triste que se vê obrigado a tecer um comentário pensado em 5 min sobre mer#as das quais nao so nao participa como nao compreende para se sentir vivo, participativo, ou o car#lho que o f#da.
mas isto tudo soa demasiado egoista, essa filosofia burguesa do "so acredito ou me preocupe por aquilo que me afecta", mesmo aos meus olhos egoistas. e na verdade em alguns desses comentarios pensados em 5 min ha coisas bonitas, de esperança e salvação............. pois cá voltamos, ao abismo que suga os artistas e delicia os niilistas, a volatilidade do real. pois deliciem-se, suas incriveis bestas.
resumo:
nunca estivemos tão bem, ou sequer diferentes, tudo se repete, outra e outra vez, qual pulsao biológica, qual regressão infinita, qual eterno retorno, qual car#lho. Pensar é estar realmente doente dos olhos, já dizia o nosso mestre...
(levem isto com a mesma leviandade como levam qualquer outro recorrente post, tava bebado e frustrado o homem! agora certamente estará mais aliviado...)