domingo, 16 de maio de 2010

o velho e bom vinho

... e fora nessa noite,
que o já velho espirito
vazio de emoção
reconhecera o sabor
do velho e bom vinho.

(Pobre homem, quem tentas tu enganar? A ti mesmo?
Vá continua a dançar! As pessoas estão a olhar!)

sim... reconhecera aquele sabor
e como um estranho déjà-vu
inflamáva-se-me o cinzento coração.

Oh! Que ardor! Oh que deleite!
Ai! Que me mato de vergonha!
O velho e carrancudo camionista inconscientemente se matara
assim que reconhecera o brilho e o cheiro que emanava aquela criança.
E eis! Que a criança tomara o respeitável cargo do corpo
(tanto cobiçado como atraiçoado)

E como se de um profundo sono acordasse
como se de um negro e triste sonho se libertasse
apressava-se, reflectindo toda a luz da sua alegria e da sua paixão, a amar a mais bela uva.
E dos seus bálsamos beber, o néctar do amor...

bêbado de paixão...
perdidamente,
loucamente,
puramente,
Bêbado de Amor.
Bêbado de Nostalgia.
Bêbado de Loucura.
Morto.

Pelo bom e velho vinho...

Pelo Vinho.

Deus Soberano de todo o meu ser.
Verdade incorruptivel.

Ferida Esperança

Morta.


Desejo

Amor









Sim, Amo-te






Sim, Morro



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