segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Percepções 3

Eu sou a minha alma

Eu sou o meu corpo.

Serei meu pastôr,

Ou estarei já morto?



Pasto como quem não é

Levado por quem nunca foi,

Mas como com duas bocas

A deste homem e a deste boi.



Sem saber, rumino

A natureza que não é minha

Sem saber, me alimento

Do peixe sem espinha.



Assim passo meus dias

Entre o fenómeno e a verdade,

Cantando minha loucura

Em tom de saudade.



Agosto 2010, Pala - Baião



(foi o primeiro poema que escrevi com um esquema rimático simples.

Gosto dele.

É Eu)

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